sábado, 21 de abril de 2012

Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'

Médicos britânicos lançam campanha contra 'comidas-lixo'

Da EFE, em Londres - 15/04/2012

Cirurgiões, psiquiatras, pediatras e médicos de todas as especialidades do Reino Unido lançaram neste domingo uma campanha contra a obesidade e centraram suas críticas às empresas de 'junk foods' (comidas-lixo, em livre tradução).

A Real Academia das Faculdades de Medicina do Reino Unido, que representa cerca de 200 mil dos profissionais do país, pediu a proibição de marcas como McDonald's e Coca-Cola patrocinando eventos esportivos como os Jogos Olímpicos e que famosos façam propagandas de comida que não são saudáveis para as crianças.

O organismo que representa os médicos do país considera necessário para lutar contra a obesidade impor "contundentes e duras" medidas para acabar com a publicidade irresponsável das grandes companhias de alimentação.

Estudos recentes apontam que 48% dos homens e 43% das mulheres do Reino Unido serão obesos em 2030.

Uma tendência, que para os médicos, representará o aumento considerável de infartos, doenças do coração e câncer e, por consequência, maior despesa à saúde pública.

Os médicos criticaram as políticas errôneas do Governo britânico, "que deixa a responsabilidade na mão da indústria para que voluntariamente reduza as calorias, o tamanho das porções e assessore os consumidores sobre a maneira de comer saudavelmente".

Neste sentido, pedem que as companhias dedicadas à alimentação sejam obrigadas a adotar medidas radicais desenhadas para salvar vidas em vez de proteger seus lucros.

Entre estas, reivindicam o estabelecimento de uma zona ao redor de escolas onde a promoção de junk food não seja permitida, assim como a proibição de que famosos e personagens de animação façam propagandas desses alimentos que não são saudáveis para as crianças.

Para os médicos britânicos, os fabricantes de alimentos deveram ser obrigados a publicar claramente os dados sobre calorias, açúcar, sal e gordura.

Propõem ainda ao Governo que imponha o denominado "imposto sobre o gordura" que foi aplicado em alguns países escandinavos para penalizar os que consomem produtos considerados não saudáveis.

A academia da medicina britânica iniciará ainda uma pesquisa de seis meses para mostrar que é possível vencer a batalha da obesidade. Ao fim desse período, o resultado será divulgado com as sugestões de medidas a serem adotadas.

Extraído de FSP

Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

Brasil: líder mundial em alimentos envenenados

Por Tatiana Achcar

Nunca tivemos tanta comida produzida no mundo, mesmo assim um milhão de pessoas passam fome e outro milhão comem menos do que necessitam. A fome é um problema de economia mundial. Em vinte anos, o Brasil tomará dos Estados Unidos a liderança mundial na produção de alimentos. No entanto, 49% dos brasileiros estão acima do peso, sendo 16% obesos, segundo o Ministério da Saúde. A obesidade é um problema de saúde pública, logo, de economia nacional. Por que esse disparate entre a grande quantidade de alimento e a fome e o sobrepeso? Apesar das commodities agrícolas bombarem as bolsas de valores, o sistema alimentar mundial tem falhas, e das grossas: o modo de produção usa recursos naturais de maneira abusiva, o sistema está baseado na industrialização, que artificializa o alimento, e a distribuição é concentrada e controlada por poucos gigantes do setor. Alimentação em quantidade e qualidade adequada e saudável é um direito humano, mas virou artigo de luxo.

Em seu discurso de posse, no dia 18 de abril, a nova presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar, a antropóloga Maria Emília Pacheco, criticou os agrotóxicos, os alimentos transgênicos e a livre atuação das grandes corporações, apoiada na irrestrita publicidade de alimentos, especialmente entre o público infantil, como nocivas para a segurança e soberania alimentar. "O caminho percorrido historicamente pelo Brasil com seu atual modelo de produção nos levou ao lugar do qual não nos orgulhamos de maior consumidor de agrotóxicos no mundo e uma das maiores áreas de plantação de transgênicos", afirmou. O país que está prestes a tornar-se líder mundial na produção de alimentos abusa de venenos que causam intoxicação crônica, aquela que mata devagar com doenças neurológicas, hepáticas, respiratórias, renais, cânceres entre outras e provoca o nascimento de crianças com mal formação genética. O uso massivo de agrotóxico promovido pela expansão do agronegócio está contaminando o agricultor, que tem contato direto com a lavoura envenenada, os alimentos, a água e o ar. Estudos científicos recentes encontraram resíduos de agrotóxicos em amostras de água da chuva em escolas públicas no Mato Grosso. O sangue e urina dos moradores de regiões que sofrem coma pulverização áreas de agrotóxicos estão envenenados. Nos últimos anos, o Brasil tornou-se o principal destino de defensivos agrícolas banidos no exterior. Segundo dados da Anvisa, são usados em nossas lavouras pelo menos dez produtos proscritos na União Europeia, Estados Unidos, China.


É evidente que segurança e soberania alimentar dependem de um sistema de produção alimentar bom, limpo e justo, sustentável e descentralizado, de base agroecológica de produção, extração e processamento, de processos permanentes de educação alimentar e nutricional. É estratégico adotar a soberania e segurança alimentar como um dos eixos ordenadores da estratégia de desenvolvimento do país para superar desigualdades socioeconômicas, regionais, étnico-raciais, de gênero e de geração e erradicar a pobreza extrema e a insegurança alimentar e nutricional.

Fico contente com a posse de Maria Emília Pacheco por sua força de vontade política e clareza de que é preciso fortalecer a capacidade reguladora do Estado, tanto na regulação da expansão das monoculturas, como no banimento imediato dos agrotóxicos que já foram proibidos em outros países, incluindo os que foram utilizados em guerras, como o glifosato. E dar um o fim aos subsídios fiscais, rotular, obrigatoriamente, todos os alimentos transgênicos, assegurando o consumidor o direito à informação. Investir na agricultura familiar e camponesa é eixo fundamental que deve estar na prioridade do governo. Ela gera emprego e renda para milhões de pessoas, estimula a produção de alimentos e a diversidade de culturas, respeita tradições alimentares e preserva a natureza, fixa o homem no campo e fortalece as economias locais e regionais.

Desejo que a proposta da Política Nacional de Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção, em processo de elaboração por um grupo interministerial, seja amplamente aprovada a aplicada para garantir a proteção da agrobiodiversidade e de iniciativas como a conservação de sementes crioulas, os sistemas locais públicos de abastecimento, circuitos curtos de mercado e mercado institucional. É vencendo esses passos que um país deveria orgulhar-se de ser líder mundial na produção de alimentos.


Brasil: líder mundial em alimentos envenenados | Tatiana Achcar - Yahoo! Notícias 20/04/12


terça-feira, 3 de abril de 2012

EUA mantêm BPA em embalagens de alimentos

EUA mantêm BPA em embalagens de alimentos

Publicado em 31.03.2012, às 00h39


A agência americana para a segurança dos alimentos (FDA) manteve nessa sexta-feira (30/03/2012) a autorização para a presença do composto químico bisfenol A nas conservas e sucos, alegando que não há provas científicas sobre sua toxicidade para seres humanos.

O bisfenol A (BPA), composto químico amplamente utilizado em latas de conserva, embalagens de sucos e garrafas plásticas, é apontado como um "perturbador endócrino" que promove alguns tipos de câncer, como mama e próstata.

A organização americana Natural Resources Defense Council (NRDC) apresentou em 2008 à FDA um pedido para proibir o uso do BPA, citando estudos sobre sua possível responsabilidade em anomalias cromossômicas, aborto involuntário, diabetes, problemas cardíacos e disfunção eréctil.

"A FDA rejeitou o pedido da NRDC por falta de dados científicos necessários para mudar a norma vigente", destacou o órgão federal.

"Apesar de certas questões sobre uma possível ligação do BPA com vários efeitos sobre a saúde, permanecem sérias dúvidas sobre estes estudos, especialmente em relação ao impacto do BPA nos seres humanos", disse a porta-voz do FDA Doug Karas.

Karas acrescentou que pesquisas realizadas pela FDA mostraram que a exposição dos bebês ao BPA era 84-92% mais baixa do que se acreditava.

O Canadá foi o primeiro país, em 2009, a proibir embalagens de plástico fabricadas com BPA rígido, uma medida seguida por outros países, como França e Dinamarca.


Na França, o BPA será proibido em todas as embalagens de alimentos a partir de 2014.

Fonte: AFP

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Como manter o bisfenol A longe de seu filho

Em setembro [2011], a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de mamadeiras com a presença de bisfenol A  (BPA), decisão que valerá a partir de 1º de janeiro de 2012. Por trás da proibição está um movimento internacional de alerta aos danos que essa substância pode causar. Os prejuízos, registrados por diversos estudos científicos ao redor do mundo, vão desde alterações no sistema endócrino e reprodutor até alguns tipos de câncer. Países como Canadá, China e os da União Europeia, além de vários estados dos EUA, também já tomaram medidas para restringir o uso da substância.

14/10/2011 - revista Veja - íntegra da matéria AQUI



segunda-feira, 2 de abril de 2012

Educação financeira começa em casa

Educação financeira começa em casa

Jornal do Brasil - 01/04/2012

Mauro Calil*

Costumo dizer que o planejamento é apenas uma das muitas facetas da educação financeira e que, sem dúvida, deve começar em casa, com os pais ensinando aos filhos. A criança deve ser educada para que saiba lidar com o dinheiro que tiver ao seu alcance desde sempre, sem falar a importante lição de que dinheiro não nasce espontaneamente na carteira de ninguém.

Saber lidar com o dinheiro é uma habilidade essencial que usamos em todos os momentos da vida, pessoal e profissional. Por isso, trata-se de um tema que deve ser ensinado para as crianças, principalmente para saberem que, na vida adulta, estarão inseridos em um mundo regido pelo dinheiro.

Infelizmente, as escolas não ensinam a forma correta de como lidar com dinheiro, tão pouco os pais – salvo algumas exceções. Da mesma forma, são poucos os cursos superiores que o fazem. Apenas os cursos de Administração de Empresas, Contabilidade e Economia ensinam sobre o funcionamento e a importância das finanças. Tenho certeza de que todo mundo conhece alguém incrivelmente bem sucedido e inteligente que tem dificuldade de lidar com dinheiro exatamente por não ter aprendido em casa, na escola ou mesmo na graduação.

Essa falta de informações sobre como lidar com o dinheiro é evidenciada a cada dia, principalmente se observarmos o crescente número de jovens endividados. Assim, desenvolver a habilidade necessária para lidar com o dinheiro em casa pode ser a única oportunidade que seu filho vai ter de aprender sobre o assunto por um bom tempo. Mas como ensinar uma criança se os próprios pais não conhecem sobre o assunto?

A resposta para esta pergunta é a informação. E o que não falta no mercado são livros, cursos, reportagens, entre outros, sobre como cuidar do dinheiro. E não é nada difícil. Um conselho básico para quem quer evitar os problemas com as finanças é usar um caderno ou uma planilha eletrônica para anotar as receitas e cada gasto, por menor que seja.

Para ensinar as crianças, talvez o melhor seja começar com uma brincadeira com moedas. Mostre que, quanto mais moedas, mais o cofrinho fica pesado. No caso de crianças em fase de alfabetização, ensine-as a reconhecer as notas pelos números e letras. E quando já tiverem aprendido as operações matemáticas básicas, pode-se introduzir a mesada. Já os jovens devem ser incentivados a anotar os gastos, com lanches e condução, por exemplo, em um caderno ou agenda.

É importante lembrar que, no caso da mesada, deve-se ensinar os jovens que aquele dinheiro deve satisfazer suas necessidades e vontades, como o lanche da escola ou a compra de algum item de desejo, e que estes recursos são para o mês inteiro. Os pais não podem dar uma mesada e, se o dinheiro acabar antes do final do mês, dar mais. Nesse caso, os pais têm mais uma oportunidade de dar ensinamento, inclusive utilizando da criatividade. O dinheiro acabou e não dá para comprar lanche na escola? Leve o lanche de casa.

Vale também aconselhar a criança a guardar um pouco da mesada para comprar aquele brinquedo que ele tanto quer. Assim, os pais estarão ensinando que a responsabilidade de conseguir ou não o que se quer é toda dele.

Dar bons exemplos aos filhos também faz parte da educação financeira. Lembre-se que ele se espelha em você. São pequenos detalhes como estes que podem fazer toda a diferença.

*Mauro Calil é educador financeiro e autor do livro “A receita do bolo” – www.calilecalil.com.br


sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Inferno de Disney

O Inferno de Disney

Fernanda Torres*

A Disney é um conceito apavorante de infância organizado em um sistema angustiante de filas

Por doze anos recusei levar meu filho à Disney. Uma convicção estética inarredável orientava a minha negação. Nessas férias, porém, uma viagem ao México com escala em Miami amoleceu meu coração de mãe.

No dia 24 de janeiro do fatídico ano de 2012, abandonei os maias e a esplendorosa península do Yucatán para entrar em um avião rumo à Orlando. A temporada de cinco dias na Flórida foi comparável aos círculos de sofrimento de "A Divina Comédia", de Dante.

Como Deus ora pelos inocentes, meu rebento menor, de três, caiu com 39 graus de febre no aeroporto de Cancún. A milagrosa virose o deixou de molho nas primeiras 72 horas de aflição na América, enquanto eu e o maior adentrávamos as profundezas da terra onde os sonhos se tornam realidade.

O Limbo, primeiro círculo de penitência, se apresentou na forma de montanhas-russas colossais que comprimem os sentidos a forças G inimagináveis. Deixei meus neurônios serem prensados contra a parede do crânio em loopings cadenciados, até ser cuspida tal e qual um zumbi agastado, tomado por abobamento crônico.

As máquinas medievais de martírio causam náusea, vômito e enxaqueca.

Para os que preferem sofrer ao rés do chão, simuladores provocam a mesma sensação de abismo sem saírem do lugar em que estão.

Na sétima hora do dia, enquanto era sugada, no lugar da chupeta, por uma Maggie Simpson descomunal, eu já não falava e nem me mexia. Caí dura no resort de golfe, "wonder land" da terceira idade muito frequente na região.

A Flórida é o último refúgio dos que viveram até a aposentadoria.

Abri o olho e reneguei assistir a tormenta das baleias cativas nos tanques do Sea World. Atrás de motivos para ser castigada, fui arrastada às compras por um furacão chamado luxúria.

Usufruímos o céu nublado da Universal da tarde seguinte. O ar de quermesse do parque vazio, o clima ameno e o Harry Potter nos fizeram crer na alegria infantil dos americanos. Driblamos bem a comida intragável, servida em porções individuais que alimentariam tribos inteiras. O jejum é dádiva quando se encara as aves inchadas a hormônio e o teor transgênico das lanchonetes. Orlando é a cidade campeã da obesidade mórbida; o Lago de Lama dos que sucumbiram à gula.

A última alvorada foi dedicada à Disney. O sol brilhou no sábado de inverno, atraindo a multidão bíblica que lotou os milhões de metros quadrados de hotéis, zoológicos e parques temáticos; interligados por rodovias, hidrovias e ferrovias futuristas.

A Disney é um conceito apavorante de infância organizado em um sistema angustiante de filas. É o ante-inferno dos indecisos que aguardam em caracóis indianos uma satisfação que nunca chega.
 

Você anseia para ter o direito de aguardar em pé, agarrada à democrática senha que só amplia a espera. A jornada se esvai em uma azucrinante administração de tickets. A condenação à eterna expectativa seria até suportável, não fosse o suplício sonoro.

Como vespas a picar os tímpanos, a voz aguda das musiquinhas enjoadas, os "cling", "cleng", "glom" das engenhocas de ferro e a proliferação de musicais da Broadway, encabeçados pelo grande show do castelo da Cinderela, são de perder a razão. E mesmo durante o safari, única esperança de silêncio ecológico, o timbre de buzina da guia aspirante à atriz vinha pinçar os nervos.

A comparação entre a delicadeza do Caribe mexicano e a artificialidade embalada em plástico de Orlando foi um choque e tanto.

Antes de partir, visitei o paraíso. Um pântano na zona rural povoado por crocodilos, peixes e pássaros semelhante ao gigantesco charco que Walt Disney adquiriu há décadas atrás.


Em paz, no meio da lagoa virgem, me perguntei o porquê da zona urbana daquele lugar manifestar um prazer masoquista tão arraigado.

Talvez seja culpa pelo excesso de ofertas nos supermercados, pela invenção do papel higiênico felpudo, do "super size" tudo, dos veículos alcoólatras e das cidades sem pedestres. A insustentável fartura social se penitencia tomando sustos em trem fantasmas mirabolantes.

Não é diversão, é dívida cristã. A Disney nasceu na Idade Média.


Fernanda Torres

Extraído de Conteúdo Livre
17/02/2012, Fernanda Torres, Folha de São Paulo

Quase música

Quase música

Nelson Motta
- O Estado de S.Paulo / 17 de fevereiro de 2012 | 3h 04

Steve Jobs criou o iPod e revolucionou nossos hábitos de ouvir música, mas em casa só ouvia discos de vinil, contou seu amigo Neil Young, lenda viva do rock. Eles não se contentavam só com música e letra, canto e instrumentos - queriam que tudo isso soasse nos ouvidos com a potência, os timbres e a integridade da sua massa sonora original.

Como Tim Maia, queriam mais grave! Mais agudo! Mais eco! Mais retorno! Mais tudo! Porque nos fabulosos iPods, iPhones e iPads de Jobs o som que se ouve está comprimido em MP3 com apenas cerca de 10% dos sons que foram gravados. Para ouvi-lo mais próximo da gravação original, só em formatos como o wav, que contém muito mais dados, em arquivos muito mais pesados. Ou em vinil.

Mais do que uma discussão idiótica de audiófilos, de loucos por som, é um debate sobre pirataria, troca de arquivos, livre circulação de músicas na internet. Como a grande maioria dos consumidores de música se contenta em ouvir uma versão "popular" em MP3, isto também sugere novas ideias sobre o assunto. Neil Young (des)considera esses MP3 vagabundos que rolam na rede e nas bancas piratas como um novo rádio da era digital, uma difusão incontrolável, quase música; quem gosta de música de verdade compra um CD de boa qualidade sonora ou paga um download pesado de alta definição. Ou um vinil.

Mas como nada se compara ao impacto e sensação de ver e ouvir música ao vivo, de perto, em ambientes com boa acústica, a consequência direta da difusão maciça de (quase) música digital é uma espetacular valorização dos shows ao vivo, por ser uma experiência sensorial única e irrepetível, como o teatro.

No tempo do cassete, copiar músicas para um amigo era visto pelas gravadoras como divulgação de seus discos, por que agora fazê-lo por e-mail, ou num site de trocas, seria um crime? A irracionalidade e a ganância são atropeladas pela realidade tecnológica, o caminho sem volta faz uma curva ascendente. Nos Estados Unidos, pela primeira vez o volume de downloads pagos superou as perdas com a comercialização de CDs, o futuro finalmente chegou para a nova indústria da música gravada.

Extraído de Estadão

Para mais: Dicionariompb
Site do Nelson Motta - Sintonia Fina