terça-feira, 3 de abril de 2012

EUA mantêm BPA em embalagens de alimentos

EUA mantêm BPA em embalagens de alimentos

Publicado em 31.03.2012, às 00h39


A agência americana para a segurança dos alimentos (FDA) manteve nessa sexta-feira (30/03/2012) a autorização para a presença do composto químico bisfenol A nas conservas e sucos, alegando que não há provas científicas sobre sua toxicidade para seres humanos.

O bisfenol A (BPA), composto químico amplamente utilizado em latas de conserva, embalagens de sucos e garrafas plásticas, é apontado como um "perturbador endócrino" que promove alguns tipos de câncer, como mama e próstata.

A organização americana Natural Resources Defense Council (NRDC) apresentou em 2008 à FDA um pedido para proibir o uso do BPA, citando estudos sobre sua possível responsabilidade em anomalias cromossômicas, aborto involuntário, diabetes, problemas cardíacos e disfunção eréctil.

"A FDA rejeitou o pedido da NRDC por falta de dados científicos necessários para mudar a norma vigente", destacou o órgão federal.

"Apesar de certas questões sobre uma possível ligação do BPA com vários efeitos sobre a saúde, permanecem sérias dúvidas sobre estes estudos, especialmente em relação ao impacto do BPA nos seres humanos", disse a porta-voz do FDA Doug Karas.

Karas acrescentou que pesquisas realizadas pela FDA mostraram que a exposição dos bebês ao BPA era 84-92% mais baixa do que se acreditava.

O Canadá foi o primeiro país, em 2009, a proibir embalagens de plástico fabricadas com BPA rígido, uma medida seguida por outros países, como França e Dinamarca.


Na França, o BPA será proibido em todas as embalagens de alimentos a partir de 2014.

Fonte: AFP

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Como manter o bisfenol A longe de seu filho

Em setembro [2011], a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização de mamadeiras com a presença de bisfenol A  (BPA), decisão que valerá a partir de 1º de janeiro de 2012. Por trás da proibição está um movimento internacional de alerta aos danos que essa substância pode causar. Os prejuízos, registrados por diversos estudos científicos ao redor do mundo, vão desde alterações no sistema endócrino e reprodutor até alguns tipos de câncer. Países como Canadá, China e os da União Europeia, além de vários estados dos EUA, também já tomaram medidas para restringir o uso da substância.

14/10/2011 - revista Veja - íntegra da matéria AQUI



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